“São muito boas notícias”, clama a provedora Carla Pêgo. Através do “aproveitamento de uma fração do antigo centro de saúde”, ampliando a ala norte do edifício, está para nascer a nova UCC, para internamentos de longa duração e manutenção e também de convalescença. O total da candidatura inicial ao PRR prevê 30 vagas, mas a Santa Casa realizou, entretanto, mais duas candidaturas para aumentar esse número nas duas tipologias.
Conforme explica a provedora, “a ideia da Santa Casa é entrar em valências que não sejam concorrenciais.” Importa, portanto, melhorar as respostas disponíveis para a população no concelho e expandir o alcance para além do culto religioso, ao qual se cingia até agora, prestando apoio a “uma comunidade cada vez mais envelhecida” para quem “este tipo de serviços é mesmo necessário”.
A abertura da unidade conta ainda com o apoio do município no processo, que participou em 34% do financiamento da obra e também vai assegurar regalias como “serviços grátis, habitação paga, suplemento a nível de salário” para os profissionais necessários para o funcionamento desta nova valência, de forma a conseguir fixar população nesta zona do interior.
A conclusão da obra estava prevista para final de 2025, num investimento estimado em 1,7 milhões de euros, mas teve, entretanto, “prorrogação até junho de 2026”, agora numa “obra que anda nos três milhões”, segundo a provedora, graças à falta de mão de obra. Para este efeito, a instituição está em conversações com Banco Montepio, com a ajuda da União das Misericórdias Portuguesas, para conseguir o financiamento necessário.
Voz das Misericórdias, Duarte Ferreira